ACC INSIGHT - Blockchain no setor bancário
Antes do desenvolvimento da tecnologia Blockchain, os registros contábeis eram mantidos em bancos de dados centralizados e não-públicos.
As pessoas precisavam confiar na aptidão do banco de dados para ter certeza de que não haveria nenhuma alteração nos registros (saldos e transações da conta).
Com o Blockchain, os dados podem ser distribuídos entre todos os participantes, com transparência e descentralização, se tornando desnecessário confiar em uma terceira pessoa para que os dados contábeis sejam registrados corretamente, sem risco de fraudes.
O registro das operações traz mais segurança às transações por ser completamente rastreável e evitar a duplicidade de transações de bens, moedas e o cancelamento da transação digital.
A blockchain ista como uma oportunidade de simplificar o processo utilizado pelos bancos, centralizado e burocrático.
O uso de contabilidade distribuída pode resultar em economia global, para os bancos, de um valor entre US$15 bilhões e US$20 bilhões por ano, até 2022.
A conta envolve custos com infraestrutura para pagamentos internacionais, que demandam comunicação com intermediários, que garantem e validam as operações e, para isso, cobram taxas.
“Só no Brasil, as transferências internacionais de fundos somam US$2,7 bilhões anuais”, calcula Paschoal Baptista, diretor da área de consultoria da Deloitte.
A tecnologia Blockchain tem ganhado tração, pois não só permite a existência de atividades financeiras anônimas ou pseudónimas sem controlo central, como ainda torna os participantes responsáveis pelas suas transações.
Os participantes da rede podem verificar cada transação e confiar no sistema porque seus dados são amplamente distribuídos e transparentes.
Os bancos centrais (CBDC – Central Bank Digital Currencies) estão considerando criação das suas próprias moedas digitais como forma de contrariar a diminuição do uso de dinheiro e o aumento do uso das criptomoedas privadas.
“Estas moedas digitais não só possuem diversos benefícios para as economias mundiais, facilitando a digitalização das mesmas e contribuindo para o aumento da confiança para com moedas digitais, mas reforçam também a posição dos bancos centrais como agentes independentes sem interesses comerciais na utilização de dados pessoais no mercado financeiro”, sublinha a BCG.