#ESG - Como funciona na prática?
As empresas com propósito conseguem enxergar seu papel na sociedade para além das suas atividades cotidianas. O fomento à adoção dos princípios ESG certamente proporcionará investimentos mais conscientes e consistentes.
A sigla ESG é atualmente uma tendência no mercado corporativo quando se trata de escolhas para investimento. Em inglês: Environment, Social and Governance (Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Governança) ESG é uma métrica que define um conjunto de boas práticas de acordo com critérios de conformidade regulatória.
O ESG não é uma prática recente, os primeiros investimentos na área são datados dos anos 90. Mas, os últimos anos foram extremamente significativos com relação ao aumento de investimentos e principalmente na valorização dessa métrica. De acordo com a Revista Exame, no 2º trimestre de 2020, os fundos que investem com base nos princípios ESG alcançaram a margem história de 1 trilhão de dólares em recursos. Os olhos dos investidores se voltam cada vez mais às empresas que incorporam as boas práticas, inclusive no que se refere a direitos humanos. Uma vez que o ESG reflete na transparência do negócio como um todo, impacta positivamente na segurança do investimento.
As empresas que se comprometem à adoção das boas práticas têm uma agenda ativa com os três pilares do ESG e tendem a ser mais sustentáveis, gerando menor instabilidade aos investidores, conforme visto acima. Para que isso ocorra, mudanças práticas devem ser implementadas com o objetivo de adequar a empresa ao novo cenário.
Nesse sentido, para a adequação da empresa ao ESG, cinco pontos devem ser considerados, quais sejam: 1) definição do objetivo ESG na Empresa; 2) realização do inventário de riscos a partir do fluxo de atividades identificadas; 3) plano de ações recomendadas para mitigar os riscos; 4) possíveis ações de compensação, ou seja, compensar uma ação negativa para a sociedade com outra positiva; e, 5) monitoramento das atividades implementadas no plano de ação e da mudança gradual de cultura organizacional.
Sendo assim, com o intuito de comprovar a adequação de uma empresa, com observância efetiva dos critérios definidos pelos padrões ESG, existem algumas certificadoras, como, por exemplo, o Sistema Empresa B (B Corporation nos EUA), uma organização não governamental que acredita que as empresas podem ter um impacto positivo na sociedade por meio de uma certificação sustentável. O foco do Sistema Empresa B é o coletivo, ou seja, no êxito financeiro em conjunto com o bem-estar da sociedade e do planeta.
Como outro exemplo de iniciativa para a promoção dos princípios ESG no mercado nacional, a B3, Bolsa Brasileira, criou um índice de sustentabilidade, que indica quais são as empresas brasileiras que incorporam padrões ESG e prezam principalmente pelas ações sustentáveis, além das boas práticas já citadas acima.
Por fim, ESG se traduz em empresas com propósito, que conseguem enxergar seu papel na sociedade para além das suas atividades cotidianas. O fomento à adoção dos princípios ESG certamente proporcionará investimentos mais conscientes e consistentes.