Artigo: O que é o pix?

Nos últimos tempos temos ouvido muito sobre o PIX e os impactos que o seu lançamento trará ao mercado de pagamentos. Entretanto, muitos ainda se questionam sobre o que realmente estamos falando.

Importante esclarecer que ele é parte de um movimento mundial que já vem há alguns anos mudando a forma de relacionamento das pessoas com as instituições financeiras e promete ser a primeira inovação a ser lançada pelo Banco Central, dentre outras que estão por vir.

Na esteira da transformação digital que vem revolucionando o mercado financeiro mundial, o surgimento de criptomoedas, novos meios de pagamento, pagamentos instantâneos e serviços diferenciados, surgiu - aqui no Brasil - a necessidade de adequação e regulamentação das normas para viabilizar o acesso a esses produtos com segurança.

Diante deste cenário, o Banco Central vem agindo proativamente para regulamentar tais atividades. Por isso, nos últimos tempos ouvimos tanto sobre open banking, fintechs, bitcoins e outras inovações.

O PIX será a primeira inovação a ser disponibilizada aos brasileiros e promete mudar radicalmente a realização das transações financeiras. Com previsão de início das atividades em 16 de novembro de 2020, foi instituído pela Resolução n. 1 de 12 de agosto de 2020 e atualmente está em fase de homologação.

Basicamente, se trata de um meio de pagamento (já que substitui os boletos, cartão de débito e futuramente também substituirá o cartão de crédito) e, além disso, se trata do sistema de pagamento instantâneo brasileiro, uma vez que permitirá aos usuários a realização de pagamentos ou transferências bancárias com compensação e liquidação praticamente imediatas, uma vez que a média para a realização de uma operação é de aproximadamente 10 segundos.

Além das transações serem realizadas instantaneamente, o PIX permite a realização de transferências 24 horas por dia, 7 dias por semana, o que representa ainda larga vantagem sobre a TED e o DOC. Além dos mais, os custos operacionais são infinitamente inferiores e a tecnologia de chaves utilizada nesse sistema promete trazer mais segurança nas transações.

Além dos pilares de disponibilidade e segurança das transações, o PIX dispensa a necessidade de intermediários (tais como as bandeiras de cartão de crédito ou as maquininhas de cartão), adquirentes e também extingue a necessidade de se investir em despesas com plásticos e também custos operacionais para envio dos cartões, além da emissão de boletos, por exemplo, o que representará importante alteração para os grandes bancos e promete fazer com que os clientes tenham acesso a produtos mais eficientes e menos caros.

Outra expectativa diz respeito ao impacto desse novo tipo de operação nas relações de consumo.

Pela sua praticidade e demais pilares que citamos acima, o PIX promete substituir os pagamentos a débito e também os pagamentos realizados em dinheiro, de forma que micro e pequenos empresários também se beneficiarão, já que receberão os pagamentos on time e a gratuidade das transações para pessoas físicas fará com que os pagamentos em moeda sejam cada vez menos frequentes, o que possibilita mais controle sobre a gestão de pagamentos e fluxo de caixa.

Assim, acredita-se que o impacto será grande e positivo, dando início, aqui no Brasil, a grande transformação decorrente da revolução financeira e o novo mercado criado pela predominância dos meios de pagamentos digitais.