Cinquentenário da ACC – O legado de Carlos Fernando Correa de Castro
A Advocacia Correa de Castro completa 50 anos de atividades neste 2020. A atenção ao presente e o preparo para os desafios do futuro estão na pauta cotidiana dos advogados e colaboradores, que o fazem prezando os valores cultivados pelo fundador da banca, Carlos Fernando Correa de Castro, reconhecido pela seriedade e pelo amor à advocacia. “Ele realmente amava ser advogado, respeitava os colegas e a Justiça. Fazia questão de mostrar que era de todos o compromisso com a ética e o aprimoramento contínuo”, ressalta Adriana D´Avila de Oliveira, que conviveu e aprendeu com o advogado.
Até o fim dos anos 1960, Correa de Castro trabalhava no departamento jurídico do antigo Banco do Estado do Paraná, o Banestado. Em 1970, ele deu início à história da ACC, estabelecendo escritório no Edifício Império, no número 500 da Rua Marechal Deodoro, a artéria central de Curitiba, ocupando o conjunto 35. Com sua experiência pregressa, era natural que as primeiras atuações do escritório envolvessem matérias de direito bancário, societário e imobiliário. “Em seguida o escritório começou a atender o Citibank N.A., depois o Banco Citibank S.A., a AMC, a RCI. Grande parte dessas instituições são atendidas por nós até hoje, o que significa que algumas estão conosco há 50 anos, algo que muito nos honra”, conta Adriana. Tempos depois, chegou o momento de expandir o atendimento também para o mundo do petróleo e do gás, com a Esso, a Atlantic, a Petróleo Ipiranga. No fim dos anos 1990 – mais precisamente em 1998 – o escritório ingressou no ramo automobilístico, com a chegada ao Paraná da Renault, que desde então é atendida pela ACC.
Correa de Castro, que também foi professor de Direito Civil e diretor da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), não admitia atrasos distrações ou pretextos. Para ele, o advogado era o primeiro juiz da causa e não poderia agir de forma precipitada ou descuidada, colocando o cliente em risco. Ele cobrava uma postura sóbria e lembrava à equipe que todos são advogados 24 horas por dia, não sendo possível dissociar os conhecimentos e a consciência sobre a importância das normas de convivência social das suas atitudes e posturas na vida familiar, profissional e acadêmica.
Lição aprendida. A seriedade, a ética, o conhecimento dos setores em que atuamos e a atualização permanente balizam a conduta dos nossos 70 colaboradores – agora ocupando não mais um conjunto, mas todo o terceiro andar do prédio. “Estamos preparados e lutamos diariamente para auxiliar o negócio de cada um dos nossos clientes, oferecendo-lhes soluções jurídicas que atendem a técnica e contribuem para a redução de custos, a revisão de fluxos e o ajuste fino do atendimento de cada uma das operações”. A dedicação não passa despercebida pelos clientes. “É muito bom saber que atuamos com eficácia, contribuindo para os bons resultados de nossos clientes, que passam a nos reconhecer como parceiros de negócios e não como profissionais engessados, apenas a apontar preocupações e problemas”, destaca Adriana.
O fundador
Carlos Fernando Correa de Castro nasceu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, a 5 de outubro de 1937. Por artes do destino – ressalte-se – na mesma data que décadas mais tarde seria consagrada à promulgação da Constituição Federal. Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, na turma de 1960. Pouco antes de abrir seu escritório, ingressou no quadro de associados do Instituto dos Advogados do Paraná, entidade que viria a presidir de 1983 a 1985. À frente do Instituto promoveu, dentre outros eventos, seminários sobre Código Civil, Direito Processual do Trabalho, Direito Eleitoral e Direito Urbanístico.
O advogado também foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) por quatro mandatos e dedicou-se voluntariamente à seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil, onde foi conselheiro seccional e, por várias gestões, presidente do Tribunal de Ética e Disciplina. Correa de Castro faleceu a 5 de setembro de 2015, na mesma Curitiba em que plantou e viu florescer a semente do bom direito.